04 dezembro 2010

Eixo 6 (a)

Neste semestre trabalhamos as interdisciplinas de Seminário Integrador VI, Filosofia da Educação, Educação de Pessoas com Necessidades Especiais, Questões Étnico-raciais na Educação e Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II. Uma das atividades relevantes do semestre foi trabalhar o filme “Entre os muros da escola”, dirigido por Laurent Cantet, trazendo um universo bastante conhecido dos professores brasileiros, mesmo ocorrendo na França. Todo o contexto do filme remeteu-nos a reflexão não somente do atual contexto educacional, mas também sobre nossa postura diante desta.
Me chamou a atenção uma cena que ocorre bem no início do filme, onde os professores estão reunidos, apresentando-se uns aos outros e dando as boas vindas aos que chegam para fazer parte daquela comunidade escolar. O professor Olivier ministra aulas de física há quatro anos na escola e aparenta certo conhecimento em relação à realidade. Já o professor Fréderic de história e geografia é novo nesta comunidade. Após estas apresentações, alguns professores sentam-se em grupos e observam as listas de chamadas. O professor Olivier “classifica” para o novo colega quem são os bons e os maus alunos.
Esta cena chamou-me muita atenção uma vez que, frequentemente, agimos da mesma maneira, rotulando, discriminando e excluindo alguns alunos. De acordo com o que estudamos, Piaget coloca a importância do incentivo que os alunos devem receber a fim de desenvolverem uma alto estima saudável. O trabalho em grupos, a convivência com o outro, auxilia que o aluno troque ideias e, dentro desta diversidade, estabeleça a construção de conhecimentos. É nessa cooperação que a aprendizagem se dá, construindo-se uma relação de compreensão e tolerância, objetivando a construção de uma sociedade mais humana.
O filme ainda abordou os papéis do professor, do jovem, da escola e as diferentes culturas, classes sociais e raças representada por uma sala de aula. O estigma, o preconceito da diversidade entre as Etnias.
A partir do momento que conflitamos com alguns alunos, seja por comportamento ou não, os discriminamos e os sentenciamos a serem aqueles que não aprenderão, não irão em frente, dentre outros estigmas.

No momento que um professor classifica, define um aluno, ele age de maneira discriminatória e preconceituosa, não levando em consideração a individualidade de cada aluno, sua identidade, sua história, bem como a possibilidade de desenvolvimento dos mesmos.

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