18 outubro 2009

o fio da meada...

Nesta semana, dedicada à recuperação das atividades atrasadas, me senti muito aliviada e feliz por estar em dia com as atividades propostas pelo curso. Aproveitei esta semana para iniciar as leituras para os módulos seguintes e me organizar, pois o Davi está quase chegando!! Entrei na 35ª semana de gestação e não quero “perder” novamente o fio da meada do PEAD. Como havia postado na recuperação do semestre passado “Penso que as dificuldades de saúde que encontrei durante este semestre não foram empecilho para que mantivesse o blog atualizado e dinâmico, mas perdi o “fio da meada” e ficou bastante complicado resgatar a tempo algumas questões que precisam ser vividas enquanto acontecem”. Neste tempo estou vivenciando as coisas enquanto elas estão acontecendo e isto me faz construtora, juntamente com todos os outros participantes deste processo, que é o aprender e compartilhar experiências.

15 outubro 2009

Estamos Vivos!

Estar vivo é estar em conflito permanente,
produzindo dúvidas, certezas questionáveis.
Estar vivo é assumir a Educação do sonho do cotidiano.
Para permanecer vivo, educando a paixão,
desejos de vida e morte, é preciso educar o medo e a coragem.


Medo e coragem em ousar.
Medo e coragem em romper com o velho.
Medo e coragem em assumir a solidão de ser diferente.
Medo e coragem em construir o novo.
Medo e coragem em assumir a educação deste drama, cujos personagens
são nossos desejos de vida e morte.

Educar a paixão (de vida e morte) é lidar com esses dois ingredientes,
cotidianamente,
através da nossa capacidade, força vital (que todo ser humano possui, uns mais,
outros menos, em outros anestesiada) e desejar, sonhar, imaginar, criar.


Somos sujeitos porque desejamos, sonhamos, imaginamos e criamos, na busca permanente
da alegria, da esperança, do fortalecimento da liberdade, de uma sociedade mais justa,
da felicidade a que todos temos direito.
Este é o drama de permanecermos vivos... fazendo Educação.

Madalena Freire

Parabéns a todas(os) nós que escolhemos viver isto!

12 outubro 2009

Também somos escritores da Educação!


A proposta pedagógica segundo Ovide Decroly, baseada num movimento onde contemplava as necessidades e interesses das crianças, ainda hoje parece estar tentando concretizar-se em nossas escolas, mesmo tendo surgido entre os séculos XIX e XX. Muitas vezes encontramos salas de aulas rígidas, inflexíveis, inabaláveis, onde o professor exerce um autoritarismo bastante grande sobre os alunos na tentativa de “manter o controle” da turma, sob pena de não dar conta dos conteúdos programáticos. Nestas mesmas escolas, vemos, também, salas onde as classes são dispostas de diferentes maneiras (em forma de U, em pequenos grupos, em grandes grupos, em duplas, entre outros), a proposta curricular contempla materiais diversificados e concretos e ainda assim, são ministradas por profissionais que exigem “ordem” para haver “progresso” – como se esse fosse o caminho mais adequado neste contexto.
As reflexões, o planejamento, bem como a rotina da sala de aula devem caminhar concomitantemente com o despertar integral dos alunos, a fim de promover o “emponderamento” destes, como cita Freire. A avaliação deverá levar em conta todo esse processo e não apenas um apanhado de questões onde só há uma alternativa correta – a que o professor quer ouvir.
Precisamos, urgentemente, continuar a escrever a história da educação pautada na promoção da liberdade das crianças, não interpretando a liberdade em fazer o que se quer, como der vontade, mas de defender a livre iniciativa e os direitos básicos do pensamento, almejando, assim, cidadãos mais críticos e capazes de exercer seus direitos, conscientes de seus deveres.

27 setembro 2009

Teoria X Prática


Os textos refletidos na interdisciplina de EJA tem me feito repensar em algumas coisas. Nesta semana na escola me deparei com uma situação que veio reforçar e completar as reflexões que estamos realizando no fórum. Conheço uma professora de 5ª a 8ª séries que é reconhecida na comunidade escolar por ser uma profissional de muita responsabilidade e competência em sala de aula. Realmente, ela é maravilhosa e utiliza muito a ludicidade para chamar a atenção dos alunos para as atividades que planeja. Muito ela fala da sua experiência em EJA e do regozijo que esta tarefa lhe traz. Porém, sua fala, em momentos alguns momentos, demonstra que sua autoridade (ou autoritarismo) em sala de aula é bastante exercida e que os alunos são tolhidos de manifestar suas opiniões. Em seu discurso, exerce a autonomia e o respeito às necessidades dos alunos. Este empoderamento que Freire fala, onde o aluno se desenvolve realizando por si mesmo as mudanças necessárias á evoluir e fortalecendo-se, podendo construir, criar, decidir ainda está descompassado com a prática da professora. Esta realidade mostra que não só nós, professores sofremos com esta “poda” de possibilidades, mas também os alunos, quando não proporcionamos a eles momentos para exercitar esta prática tão libertadora.

14 setembro 2009

PARABÉNS CIDADE DE VIAMÃO!

268 anos de Viamão



Um pouco da história


Descrevendo um pouco do município de Viamão, pode-se dizer que ele pertence a uma região histórica, colonizada por açorianos desde o séc. XVIII, muito conhecida por ser rota de tropeiros que levavam gado e mulas para Sorocaba no séc. XIX. Também foi palco de guerras, como a Revolução Farroupilha. Hoje ela possui cerca de 270.000 habitantes, mas ainda conserva características de cidade interiorana, tanto na sua estrutura física como no estilo de vida dos seus moradores. A sua economia é baseada no comércio local; possui, porém, duas indústrias: Cervejaria Brahma e Laticínios Mumu. Além disso, conta com plantação de arroz e produção de leite na zona rural.Quanto ao aspecto religioso, é possível perceber a influência da colonização açoriana, a qual promove um catolicismo bem tradicional. A prática religiosa de grande parte dos moradores, porém, é o espiritismo e o batuque, como na maior parte do estado.A singularidade de Viamão, entretanto, está na sua proximidade de Porto Alegre, com uma grande dependência desta. Por isso, costuma-se dizer que Viamão é uma cidade dormitório. No município, ainda, existem mais de 150 vilas e bairros, que se desenvolveram fora do eixo de produção da região metropolitana. Essas situações contribuíram para o aparecimento de muitos problemas sociais, tais como a violência, as drogas, os roubos, a baixa renda da população em geral, a pouca valorização do município pelos seus moradores e os diferentes níveis de impactos ambientais.Viamão, no entanto, é uma região que pode ser valorizada: entre outras belezas, o município possui 105 km de praia entre o Guaíba e a Laguna dos Patos e 5,5 mil hectares de mata atlântica, além de três Unidades de Conservação (APA Banhado Grande, Parque Itapuã e Parque Saint’Hilaire). Outro aspecto relevante é o seu patrimônio histórico, percebido a partir da descendência açoriana e do seu envolvimento com a Guerra dos Farrapos. Também, é considerada uma das cidades com o maior número de Centro de Tradições Gaúchas (CTG) no estado, e tem a presença de populações tradicionais como indígenas, quilombolas e pescadores.O município de Viamão, enfim, é um território a ser explorado. E todos aqueles que se dispuserem a isso encontrarão desafios a serem superados, mas, também, um ótimo lugar para se viver.



13 setembro 2009

Precisamos aprender, sempre!


A interdisciplina de Linguagem e Educação, em sua primeira proposta de atividade oferece uma reflexão: Fala-se/escreve-se/lê-se sempre do mesmo jeito? Que diferenciações podem ocorrer em relação à fala ou à escrita?

A leitura do texto sugerido para a realização desta atividade fez-me pensar em nossa prática cotidiana nas escolas e como passamos o tempo preocupados em dar conta de conteúdos previamente programados, sem, muitas vezes, perceber a complexidade da aprendizagem individual dos alunos. Nos intervalos das aulas a discussão muitas vezes se dá em relação ao “quanto” determinado aluno aprendeu (de maneira correta frente às expectativas).
O texto nos chama a atenção de que, até mesmo nós, já alfabetizados e letrados, fazemos usos de diferentes maneiras da leitura e da escrita, dependendo do contexto que estamos inseridos.
Uma maneira de abrir caminhos para a leitura e escrita convencional é proporcionar aos alunos diferentes formas textuais, possibilitando a percepção das mesmas.
O desafio talvez esteja em nossa própria percepção frente aos alunos que ainda apresentem a dificuldade de expressar-se, seja de maneira escrita ou oral. Penso que nós é que devamos ser alfabetizados e até mesmo letrados neste processo.

Estou aberta para o novo!

Neste semestre alguns alunos foram provocados a serem mediadores dos fóruns do Seminário Integrador, onde fui contemplada. Assim, percebi que não é tarefa fácil mediar algo, uma discussão, uma reflexão. As pessoas são diferentes e cada uma quer “vender seu peixe”, sem que muitas vezes levem em consideração as ponderações do outro. Porém, isto me fez pensar que na nossa sala de aula devemos ter o mesmo tato e percepção que temos nas discussões no PEAD. Daí vem minha colocação “no versículo bíblico Romanos 12:2 Paulo, discípulo de Jesus, faz uma advertência: “Não se conformem com este século, mas se renovem pela transformação das suas mentes”. Muitas vezes não temos como colocar coisas novas em nossa vida se os lugares estão ocupados por outras coisas. Cito, ainda, como exemplo, a experiência relatada por Maria Bernadete Castro Rodrigues, no texto Planejamento: em busca de caminhos, sugerido como leitura na interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação. A autora relata o quanto suas alunas trabalhavam mecanicamente em seus planejamentos e o quanto esta prática a incomodava. Ao abrir-se e buscar outras formas de pensamento, permitindo-se algo novo, entendeu a real importância do planejar e passou a defender uma nova prática, onde o planejamento passava a ser ferramenta indispensável e coerente. Se ela não tivesse abandonado a antiga prática, não teria como adotar nova postura, em sua mente não haveria lugar para renovação”.

Ainda tenho muito a aprender, mas me sinto privilegiada em poder perceber que estou aberta a esta transformação, mudança de paradigma. Dentro das devidas proporções, às vezes me sinto como Raul Seixas: “eu prefiro ser esta metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo...”

12 agosto 2009

SI - Recuperação

O Seminário Integrador propôs nesta recuperação, uma reflexão necessária para aqueles que tiveram que realizá-la: visualizar diferentes construções de aprendizagens nos colegas e a nossa, fazendo uma retrospectiva em nossa prática como alunos com o objetivo de avalizar quais aprendizagens foram significativas no semestre. Recorto um parágrafo de uma atividade realizada e postada no Rooda que identifica minhas reflexões:

“Diferentemente destes, meu blog apresenta pouquíssimas postagens que não mostram crescimento cognitivo do semestre. Penso que as dificuldades de saúde que encontrei durante este semestre não foram empecilho para que mantivesse o blog atualizado e dinâmico, mas perdi o “fio da meada” e ficou bastante complicado resgatar a tempo algumas questões que precisam ser vividas enquanto acontecem. Ao iniciar o curso não imaginava que a utilização do blog seria tão eficaz no processo de aprendizagem, uma vez que o usuário interage com os recursos que blog proporciona, a partir da combinação de vários procedimentos, possibilitando formular hipóteses, fazer trocas e compartilhar opiniões e argumentações, discutindo suas bases e formulações com colegas, professores e visitantes, resultando numa intensa interatividade através da utilização deste.”

Penso que não seria necessário realizar as recuperações se eu aproveitasse melhor o tempo disponível para a realização das tarefas propostas no tempo certo, porém é sempre válido retomar a proposta inicial e fazer diferente do que foi feito. O trabalho não é em vão se faz diferença em nossa vida, e este tempo foi válido para estas reflexões.


EPNEE _ Recuperação

Os textos sugeridos como referência para o desenvolvimento da atividade de recuperação da interdisciplina Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais foram muito bem escolhidos, uma vez que são muito válidos por serem um meio de repensar em nossa prática em sala de aula. Porém chamo atenção para o documentário “História de Peter”, pois através deste é possível observar que a inclusão é um assunto muito discutido na sociedade em geral, pois causa uma necessidade de romper paradigmas.
No documentário a professora relata estar disposta ao desafio de inclusão de um aluno com
Síndrome de Down, mesmo não sabendo como o processo irá ocorrer. Durante o período de adaptação de Peter, a professora vivenciou muitas situações tensas, necessitando intervir nas ações entre ele e os colegas. Diariamente nos deparamos com situações semelhantes (mesmo quem não tem inclusão de alunos com esta síndrome na sua sala) e o nosso desfio é promover uma educação de qualidade independente da adversidade que possa acontecer. Devemos ter este olhar mais minucioso e sensível frequentemente com nossos alunos, a fim de que todos possam ter acesso a esta sonhada educação.
Sem duvida o momento de mais relevância no documentário são depoimentos finais onde os alunos relatam que aprenderam muito mais com Peter que poderiam imaginar.
Cabe a nós, professores, promover uma educação menos discriminatória sobre os alunos, levando em consideração as peculiaridades de cada sujeito, a fim de mediar, através da avaliação, a oportunidade de possibilitar a construção da aprendizagem através do conjunto todo que está inserido nesse processo.

Questões etnico-raciais na educação_ Recuperação

A proposta de Recuperação da interdisciplina de QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO: SOCIOLOGIA E HISTÓRIA não foi diferente da proposta lançada durante todo o semestre: o repensar sobre as questões étnico-raciais e nossa prática em sala. Uma boa maneira para que esta se efetive é o ter bastante claro para nós mesmos qual a importância da inclusão das questões étnico-raciais nos currículos da Escola Básica. Precisamos, primeiramente, saber a importância da diversidade para a construção da aprendizagem. A valorização do outro como sujeito, diferente de mim, porém não menos importante e interessante, penso ser a ferramenta que pontua uma educação de igualdade. As diferenças étnico-raciais necessitam ser tratadas na Educação Básica de forma responsável e acolhedora, evitando o uso de apelidos ou chavões que desmereçam uma criança, dado que as diferenças são de suma importância para que se aprenda dentro da diversidade de culturas.
Diariamente nos deparamos com situações onde pessoas (alunos ou até mesmo professores) têm atitudes preconceituosas que desqualifica o outro. Não podemos ficar apáticos quando acontecem estas situações. Precisamos nos posicionar frente a estes preconceitos e agir como gostaríamos que a professora de nossos filhos agisse. O repensar e se transformar frequentemente é a forma de que estes objetivos se evidenciem em nossa prática diária.

Filosofia da Educação _ Recuperação

Durante este período de recuperação foi dada a oportunidade de repensar a educação e nossa pratica em sala de aula. Na interdisciplina de Filosofia da Educação realizamos leituras de textos de Kant (2002) e Adorno (1974) tratando de um assunto bastante em voga nestes dias: a educação, a civilização, a disciplina e a liberdade, contrapondo-as entre si. Este é um assunto que pauta as reuniões docentes e que, por vezes, traz discussões sobre qual seria a fórmula para que estes conceitos transcorressem de forma adequada nas salas de aula e, consequentemente, na vida diária dos alunos. Penso que a questão principal seja em como se dá o processo de aprendizagem dentro de um contexto de disputa de poderes, onde professores e alunos concorrem para saber “quem manda e quem obedece”.
Cabe a nós, professores que buscam uma qualificação adequada, fazer o diferencial e buscar alternativas que tornem o ato do diálogo e da compreensão uma prática viável e eficaz para que a educação e aprendizagem se efetive de maneira prazerosa.
Trago um trecho do trabalho desenvolvido neste período, que considero bastante relevante:
“Não julgo fácil esta tarefa, porém a considero encorajadora, já que estas discussões estão sempre presentes no Pead, onde todos buscam uma forma de fazer melhor o que já fazem há anos, não perdendo o prazer que está arraigado em todo o processo da educação.”

26 abril 2009

Eu com uma necessidade: a de fazer o que todos estavam fazendo!


Gostaria de compartilhar uma experiencia que me aconteceu. Estou em licença saúde e tenho que fazer repouso, pois estou grávida e com algumas complicações. Semana passada fui realizar a perícia médica na faculdade e tive que passar depois no Praia de Belas para resolver algumas coisas. Mas como ir ao shopping quando se está em repouso? Então, meu irmão ofereceu-se para conduzir-me em uma cadeira de rodas para podermos chegar até os lugares que precisava. Que surpresa!! As pessoas em geral têm muitas restrições quanto alguém se apresentar de maneira “diferente” da habitual em locais públicos. As pessoas parecem que tinham certo “medo” e até repúdio de mim. As lojas não são apropriadas para uma cadeira de rodas. É difícil as pessoas se levantarem na praça de alimentação para que tu possas passar. Sem contar o olhar de despreso das pe4ssoas, como se fossem fazer um grande favor em "dar licença" para pessoas com dificuldades passar, como qualquer outra pessoa.

Fiquei pensando em como se sentem àqueles que necessitam de algum auxilio, seja material ou até mesmo o de outra pessoa, para viverem em comunidade.

13 abril 2009

ANSIEDADE/FÉ

A cegonha está chegando!! Estou feliz com a chegada da cegonha, mas também bastante preocupada.
Estou tendo alguns probleminhas neste início de gestação e minha vido atrasou toda...
mas tenho fé em Deus e a certeza que dará tudo certo!

Aproveito o tempo que estou bem para fazer as leitura nacessária do PEAD e tentar colocar em dia todas as coisas que são importantes na minha vida.