26 abril 2009

Eu com uma necessidade: a de fazer o que todos estavam fazendo!


Gostaria de compartilhar uma experiencia que me aconteceu. Estou em licença saúde e tenho que fazer repouso, pois estou grávida e com algumas complicações. Semana passada fui realizar a perícia médica na faculdade e tive que passar depois no Praia de Belas para resolver algumas coisas. Mas como ir ao shopping quando se está em repouso? Então, meu irmão ofereceu-se para conduzir-me em uma cadeira de rodas para podermos chegar até os lugares que precisava. Que surpresa!! As pessoas em geral têm muitas restrições quanto alguém se apresentar de maneira “diferente” da habitual em locais públicos. As pessoas parecem que tinham certo “medo” e até repúdio de mim. As lojas não são apropriadas para uma cadeira de rodas. É difícil as pessoas se levantarem na praça de alimentação para que tu possas passar. Sem contar o olhar de despreso das pe4ssoas, como se fossem fazer um grande favor em "dar licença" para pessoas com dificuldades passar, como qualquer outra pessoa.

Fiquei pensando em como se sentem àqueles que necessitam de algum auxilio, seja material ou até mesmo o de outra pessoa, para viverem em comunidade.

4 comentários:

Iris disse...

Olá, Camila

É incrível como as pessoas, muitas vezes, se sentem "incomodadas" com o "diferente" e são nota zero em empatia
Vi uma reportagem em que faziam pessoas, que estavam em um curso de auxiliar de enfermagem, passarem pela experiência de terem necessidades especiais. O exercício era passar um bom período dependendo dos outros por ser "cadeirante", por ter perdido a visão (colocavam vendas), por ter perdido os movimentos de mão e braços (amarravam), por não ouvirem (usavam tampões) e assim por diante.
Talvez esta seja uma maneira de aprendermos a avaliar melhor o que isso significa e como é difícil depender da boa vontade dos demais.
Fica bem e volta e meia nos dá notícias, certo?
Abra@os, Iris

Edna Hornes disse...

É triste mesmo. Não bastasse não poder andar, não conseguir acessar lugares por não haver acessos adequados, ter complicações de saúde devido ao tempo sempre sentado ou deitado, o cadeirante ainda sofre preconceitopor ter uma dificuldade que nunca escolheu...

Melhoras para você e para a Clarinha.

Daiane Grassi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Daiane Grassi disse...

Oi Camila, puxa! Que gafe... Não vi sobre sua licença. Desculpe pela mensagem anterior, ok?!
Abraço, Daiane.