12 outubro 2009

Também somos escritores da Educação!


A proposta pedagógica segundo Ovide Decroly, baseada num movimento onde contemplava as necessidades e interesses das crianças, ainda hoje parece estar tentando concretizar-se em nossas escolas, mesmo tendo surgido entre os séculos XIX e XX. Muitas vezes encontramos salas de aulas rígidas, inflexíveis, inabaláveis, onde o professor exerce um autoritarismo bastante grande sobre os alunos na tentativa de “manter o controle” da turma, sob pena de não dar conta dos conteúdos programáticos. Nestas mesmas escolas, vemos, também, salas onde as classes são dispostas de diferentes maneiras (em forma de U, em pequenos grupos, em grandes grupos, em duplas, entre outros), a proposta curricular contempla materiais diversificados e concretos e ainda assim, são ministradas por profissionais que exigem “ordem” para haver “progresso” – como se esse fosse o caminho mais adequado neste contexto.
As reflexões, o planejamento, bem como a rotina da sala de aula devem caminhar concomitantemente com o despertar integral dos alunos, a fim de promover o “emponderamento” destes, como cita Freire. A avaliação deverá levar em conta todo esse processo e não apenas um apanhado de questões onde só há uma alternativa correta – a que o professor quer ouvir.
Precisamos, urgentemente, continuar a escrever a história da educação pautada na promoção da liberdade das crianças, não interpretando a liberdade em fazer o que se quer, como der vontade, mas de defender a livre iniciativa e os direitos básicos do pensamento, almejando, assim, cidadãos mais críticos e capazes de exercer seus direitos, conscientes de seus deveres.

Um comentário:

Beatriz disse...

E já pensastes qual será o teu papel nessa nova educação? Teoricamente tu sabes muito bem qual será mas... e na prática? Lá na tua escola?
Um abração
Bea